2006/11/23



CONTRA O ROUBO

Todos os dias somos espoliados dos nossos direitos, cada vez mais retiram aos trabalhadores a legitimidade de serem humanos, pois o que interessa ao capital são os números e face a estes valores, dados como adquiridos, os trabalhadores não passam de um mal necessário, pois são estes que trabalham, produzem e fazem com que estes senhores tenham lucros.
Estes lucros nunca são investidos em benefício de quem trabalha, nem perguntam se os trabalhadores estão de acordo com o “investimento”, antes pelo contrário, investem em futilidades e brincam com o que tanto suor custou aos trabalhadores, no entanto quando o dinheiro falta, pedem mais, e mais sacrifícios a quem trabalha.

Mas a culpa não é só destes senhores, devido à “prostituição” que reina dentro das empresas, em que por causa de mais uns cêntimos existem trabalhadores que pactuam com estes senhores, quer através do medo incutido aos mais “fracos”, quer na substituição dos referidos senhores quando é necessário recorrer a “jogos sujos” em que os seus colegas saem prejudicados, mas estes parasitas esquecem-se que não passam de “lixo” na mão do capital e que quando já não forem necessários, vão para o caixote como os outros, outros existem, que andam na sombra à espera de lucrar com a luta dos seus colegas.

No entanto, ainda existem e sempre existirão pessoas com valores e que não abdicam do direito de dizer basta, para esses deixo uma saudação especial e uma mensagem HOJE ESTAMOS A CONSTRUIR O NOSSO FUTURO E O DA PRÓXIMA GERAÇÃO, e não podemos nunca abdicar do que foi conseguido através de tanto sofrimento de outros antes de nós, quanto aos já referidos só nos resta ter pena, pois estes não passam de umas simples criaturas pobres de espírito.

2006/11/15


ENGENHEIRO SOCRATES
O Engenheiro farta-se de discursar, ninguém pode dizer que ainda não "absorveu" a mensagem - a comunicação social até se preocupa com a imagem do Sr. Engº - mas mesmo assim parece que existe muito "povo" que ainda não percebeu a mensagem.
Sim o povinho, porque os "Senhores das altas instâncias" já perceberam, mas também não precisavam ouvir para perceber, porque se eles elaboraram os planos, e se o Engº até é bem mandado, a resposta será sempre "SIM MEUS AMOS, UM DIA AINDA SEREI COMO VOCÊS... POIS ANDO-ME A PORTAR MUITO BEM, NÃO É SR. PRESIDENTE DA REPÚBLICA ?
Voltando ao povinho, que elegeu o Sr. Engº, estes ainda não perceberam, das duas uma:
- Assistem aos discursos do Sr. Engº, mas esquecem-se de ligar o aparelho auditivo e a seguir dizem, "Sim Sr, este homem vai longe, já viram como ele veste tão bem..."
-Ou não percebem Português, mas eu ajudo na tradução, o Sr. Engº quer dizer, "ESTOU-ME A CAGAR PARA TODOS VÓS, VOCÊS SÃO UMA CAMBADA DE .... EU TENHO QUE OLHAR PELO MEU FUTURO, POIS AINDA SEREI ALGUÈM NA VIDA, OS MEUS "AMIGOS" BANQUEIROS, É QUE VÃO OLHAR POR MIM. POR ISSO Õ POVINHO SÓ TEM QUE IR MORRER LONGE, E NÃO SE ESQUEÇAM QUE TÊM UM 1º MINISTRO MUITO CHARMOSO, QUANTO AO RESTO NÃO INTERESSA...."

2006/11/14

OS AMERICANOS SÃO PERITOS, SÃO PERITOS A INVADIR, SAQUEAR, TOMAR CONTA DO QUE VALE MUITOS DOLARES.
E depois ? Depois fazem-se de pobres coitadinhos que só querem o bem do Mundo, e até dão provas. "Fogem" desses paises, deixando os seus homens de confiança a tomar conta do ouro negro, deixando um rasto de destruição e de assassinatos, sim, assassinatos e não danos colaterais.
"Mandam" os outros paises, utilizando a pomposa ONU, limpar a merda que deixaram lá e pagar as despesas. Pois de Democratica a ONU só tem o nome, a ONU e NATO, servem simplesmente para chegar aonde os Americanos não chegam, melhor, onde os Americanos só podem chegar "camuflados".
Mas antes disto, servem-se de tudo e de todos, depois deitam fora.
Segue um texto, de alguém, que resume os Americanos a isto:
No início do século XX tinham o dólar suportado pelo ouro, mas como perceberam que podiam ganhar mais, em Bretton Woods (1945) acabam parcialmente com a conversão do dólar em ouro, e mais tarde na década de 70 percebem finalmente que, se trocassem todos os dólares que tinham no exterior por ouro, iam à bancarrota (imaginem... os EUA em bancarrota).

Então mudaram o discurso e romperam definitivamente a ligação dólar/ouro. E o que é que fizeram para continuarem a comprar bens ao exterior com dólares (agora que o dólar estava mal visto no exterior e começava a desvalorizar)?

Fizeram um acordo com a família Saudita, comprometendo-se em apoiar, defender e financiar a casa e a família real se em troca eles aceitassem apenas dólares em troca de petróleo. Foi assim que os países produtores (da OPEP) alinharam pelo diapasão dos sauditas e passaram a aceitar apenas dólares. Nascia o petrodólar, mundialmente aceite em troca de bens e serviços, com base num valor meramente artificial, porque apenas era aceite não porque valesse mais do que as outras moedas mas porque havia um acordo político por detrás dessa transação.

Foi assim que os EUA começaram a explorar o mundo em grande, e que o dólar se tornou a moeda mais forte do planeta.

O Saddam, que era um assassino e um testa de ferro dos americanos, apoiado por eles, passou de bestial a besta quando, inebriado pelo poder ignorou os interesses dos EUA, querendo acabar com o petrodólar no Iraque e querendo adoptar o Euro como moeda de troca por petróleo.

De repente, os EUA, que até aí tinham ignorado pura e simplesmente os crimes hediondos deste ditador, aproveitaram os atentados de 11/Setembro e passaram a incluí-lo no "eixo do mal". O Bush não descansou enquanto não o derrubou e tomou conta do Ministério do Petróleo com base numa alegada existência de armas de destruíção massiça que até hoje nunca apareceram.
Vejam o Farenheit 9/11 do Michael Moore e têm tudo aí!

Mas o mais curioso é que entretanto, o regime iraniano já manifestou igualmente intenções de adoptar o euro como moeda de troca. Foi somente a partir daí que os EUA ficaram histéricos com uma central nuclear no Irão.
Tinham de arranjar mais um pretexto para legitimar uma futura intervenção, se for caso disso.

Meus caros, se algum dos países produtores adoptar o "petroeuro", toda a construção dos americanos que suporta o dólar corre o risco de ruir como se de um castelo de cartas se tratasse.

Ouviram o Hugo Chávez acerca do Bush???

Pois foi, mas vejam que sob o governo do Hugo Chavez, a Venezuela estabeleceu acordos de permuta (barter) para comercializar o seu petróleo com 12 países latino-americanos inclusive Cuba.
Isto significa que os EUA estão a perder o seu "subsídio habitual" e pode ajudar a explicar o desejo americano de derrubar Chávez.
Na cimeira da OPEP em Setembro de 2000, Chávez leu aos chefes de Estado da OPEP o relatório do "Seminário internacional sobre o futuro da energia", uma conferência convocada anteriormente por Chávez naquele ano para examinar tanto a futura oferta de energias fósseis como de renováveis. Uma das duas recomendações chave do relatório era que a 'OPEP aproveitasse a permuta electrónica de alta tecnologia e as trocas bilaterais do seu petróleo com os seus clientes dos países em desenvolvimento', isto é, a OPEP deveria evitar a utilização tanto do dólar como do euro para muitas transacções.

Acham que os americanos digeriram bem a proposta??? O azar dos americanos é que é mais difícil legitimar uma intervenção militar na Venezuela. Muitos dos militares dos EUA (os tais não voluntários) são inclusivamente hispânicos.... Pode ser que o Bush ainda venha a dar com os dentes na pedra. A bem do mundo, oxalá que venha...



Nota: para saberem mais podem ver este artigo:
http://www.energybulletin.net/7707.html

O QUE FAZ A BANCA PARA NÃO PAGAR IMPOSTOS E PARA OCULTAR OS LUCROS REAIS QUE OBTÉM ?

Em 2005, mais de 1.500 milhões de euros de lucro não pagaram IRC
por Eugénio Rosa
Nas noticias divulgadas pelos media em Portugal sobre os lucros obtidos e os impostos pagos pela banca tem havido uma grande confusão entre os Lucros Reais, ou seja, aqueles que, depois de deduzidos os impostos, servem de base à distribuição de dividendos pelos accionistas, e os Lucros Fiscais que servem de base de cálculo do imposto a pagar ao Estado. E a diferença é muito grande como se mostra neste estudo.
Em 2005, segundo o Banco de Portugal, os bancos que constituíam 87% do sector bancário português obtiveram lucros que atingiram 2.987 milhões de euros. No entanto, 1.525 milhões de euros, ou seja, mais de metade não pagou imposto ao Estado. E isto sucedeu porque a banca conseguiu deduzir aos Lucros Totais obtidos o valor de 1.525 milhões de euros, nomeadamente de benefícios fiscais e a prejuízos das empresas do grupo.
Por outro lado, se calcularmos quanto representam os impostos pagos – 442 milhões de euros – em percentagem dos Lucros Fiscais conclui-se que a percentagem obtida é de 27,5%. No entanto, se calcularmos a mesma percentagem, não com base nos Lucros Fiscais, mas sim com base nos Lucros Totais, ou seja, antes de terem sido abatidos em particular os benefícios fiscais e os prejuízos de outras empresas do grupo, e que totalizavam 2987 milhões de euros, obtemos apenas 13,5%, o que corresponde a menos de metade da taxa calculada com base nos Lucros Fiscais, que foi 27,5%.
È compreensível que a Associação Portuguesa de Bancos procure manipular os dados, substituindo os "Lucros Reais Totais" (RAI) pelos "Lucros para efeitos fiscais", para assim apresentar taxas de IRC pagas muito mais elevadas (o dobro). O que não é compreensível é que os "media", cujo objectivo devia ser informar a opinião pública com objectividade, se limitem a repetir o que a Associação Portuguesa de Bancos diz, como aconteceu com o Diário de Noticias de 11/07/2006 e, depois, com muitos jornais e todas as televisões que repetiram o que DN escrevera na 1ª página.
É mais um exemplo de que o jornalismo de investigação e a objectividade jornalística continuam ausentes, em muitos casos, em Portugal, o que só pode desprestigiar o jornalismo junto à opinião pública.
Estudo completo em

2006/11/01

SAÚDE E AS TAXAS

Quem trabalha é quem sofre com estes aumentos de impostos atrás de impostos, chamem-lhe os nomes que quiserem, tudo se resume a pagar.
Quem está "bem na vida" sempre foi a instituições privadas, pois não queriam sujeitar-se às esperas e às condições que existem nos Hospitais, Centros de Saúde, ... quem pode, pode e nada tenho contra, no entanto tirar ainda mais a quem não pode, porra somos um ESTADO SOCIAL.
Este governo nada tem de esquerda, reelembro declarações de quem pertence a este governo, no periodo em que ainda tinham alguma coisinha de esquerda, ou seja, altura em que não chegava os votos dos actores da alta finança, para o Engº Socrates ser eleito, agora já chega o dinheiro e as influências destes actores da alta finança para o Engº Socrates (des)governar, isto é até às próximas eleições.
Mas a culpa não é dele e dos amigos, pois eles orientam-se, a culpa é dos PORTUGUESES, sendo que passam a vida a ser como a Avestruz, metem a cabeça debaixo da areia.

SAÚDE E AS TAXAS - 3º ACTO - ERA ASSIM EM 2004
Correia de Campos Rejeita Taxas Moderadoras Diferenciadas
Por LUSA
Quinta-feira, 23 de Setembro de 2004

O ex-ministro da Saúde, o socialista Correia de Campos, rejeita o pagamento das taxas moderadoras consoante o rendimento, defendendo que se alargue a isenção para os doentes efectivamente graves e os beneficiários do rendimento mínimo e social. Em declarações à Lusa, o ministro que antecedeu o social-democrata Luís Filipe Pereira, admitiu que chegou, durante o seu mandato, em 2002, a ter uma reunião com a CGTP para abordar uma possível alteração das taxas moderadoras, mas explicou que a sua intenção era a de que estas tivessem valores diferentes consoante a gravidade do estade de saúde dos utentes. Só assim as taxas funcionariam como "uma barreira" e permitiriam que os doentes efectivamente graves não pagassem ou pagassem menos do que os que utilizam estes serviços sem uma real necessidade, justificou. Para Correia de Campos, o que o primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, preconiza com o recente anúncio da diferenciação das taxas consoante o rendimento dos utentes é "o financiamento do sistema".


"Não se pode aplicar na saúde o princípio do utilizador- pagador, porque, neste caso, o pagador está diminuído", afirma, acrescentando que "um utilizador de um hospital não é o mesmo que utiliza uma auto-estrada".

SAÚDE E AS TAXAS - 2º ACTO - ERA ASSIM EM 2004
As Taxas de Fim de Verão
Por CORREIA DE CAMPOS
Segunda-feira, 20 de Setembro de 2004


O argumento é sedutor, antigo, mas falacioso: por que razão, um milionário português paga o mesmo que o motorista da minha escola, para fazer uma operação às coronárias, ou seja, nada? Daqui até ao argumento do utilizador-pagador vai um pequeno passo.

Quem usa auto-estradas deve pagá-las, supõe-se que tenha dinheiro, pelo menos para um carro. Quem entra na universidade deve pagar propinas, está a investir para subir na escala social. Parecem situações iguais, mas são diferentes.


Em primeiro lugar, o Estado tem interesse social e económico na saúde pública. Nuns casos por razões públicas: se todos tivessem de pagar as vacinas, alguns poderiam descuidar-se e a doença infecciosa poderia atingir cada um de nós. Em outros, por razões privadas agregadas: tenho satisfação individual em pagar dos meus impostos a saúde materno-infantil a todas as mães e crianças. Todos desejamos acesso igual aos serviços, no ponto de encontro do doente com o SNS, sem que o rendimento, a profissão, a classe social, a raça ou a cultura nos separem. Depois, porque existe enorme consenso social na justiça distributiva de um mínimo de partida para todos, ou até um pouco mais para os que estão pior. Finalmente porque, dado o custo crescente dos cuidados, seria catastrófico, mesmo para um remediado, pagar 20 por cento de um "bypass" das coronárias, o qual custa hoje, em Portugal, cerca de 50 mil euros.


Com base no argumento pretensamente igualitário, o primeiro-ministro, ligeiro como uma andorinha, vem propor co-pagamentos na saúde. Quando o informaram que as taxas moderadoras moderavam, não financiavam, retorquiu que não propunha aumentos nas taxas, mas sim verdadeiros co-pagamentos, proporcionais ao rendimento declarado para fins fiscais. Ou seja, defendeu várias coisas de uma só penada: (a) a mudança da Constituição, nesta matéria: em nome do princípio do utilizador-pagador, propõe mudar a natureza do SNS, de universal e tendencialmente gratuito, financiado por impostos, passando a ser também financiado pelo utilizador, quando este se encontra mais fragilizado, ou seja, praticar-se-ia a maldição da vítima, já que não se vai parar ao hospital como se vai em viagem, numa auto-estrada; (b) depois, o utilizador, mesmo da classe média ou alta, não podendo suportar o risco aleatório da doença, transferi-lo-ia para uma seguradora; teríamos em breve serviços de saúde com duas portas de diferente qualidade: uma para a classe média baixa e baixa, sem dinheiro para o seguro, outra para aqueles cujos co-pagamentos estariam cobertos por um seguro, seu ou do empregador; (c) dada a lógica irrefragável da dedução fiscal, surgiria nova injustiça, ou seja, para corrigirmos um aparente excesso da universalidade, criávamos em cascata uma desigualdade de acesso e uma nova injustiça fiscal; (d) injustiças fiscais corrigem-se no sistema fiscal, não pelo sistema de saúde, sempre mau aprendiz de feiticeiro nessas matérias.


Não haverá, então, espaço para modernizar a administração das taxas moderadoras, ganhando em receita, sem perder em justiça social? Sim, há. Em primeiro lugar elas devem ser actualizadas anualmente em função do salário mínimo e não abandonadas longos anos sem alteração; devem ser revistas algumas isenções menos justificáveis; realizado um esforço sério de cobrança, o que o Governo tarda em fazer, certamente pela pequenez da receita, uma vez que as cobranças cresceram no primeiro semestre deste ano muito menos do que haviam crescido em anos anteriores; diferenciado o valor das taxas, mais em função inversa da gravidade da doença, que em função do custo do serviço; finalmente, elas devem ser diferenciadas em funções das alternativas: se o doente prefere ir à urgência hospitalar onde, entre duas a quatro horas, é visto por um especialista e recebe uma bateria de exames de diagnóstico, em situação não grave nem seguida de internamento, então nada de injusto aconteceria se a sua preferência temporal e de conforto em relação à rotina e demoras do Centro de Saúde fosse diferenciada por uma taxa moderadora bem mais elevada que a do acesso a uma consulta. Do argumento constitucional cuidaram outros, bem melhor que eu o faria.


Neste fim de Verão, fica-nos a sensação de um mau filme já revisto, a que não se resiste por preguiça e complacência. A forma improvisada como o tema de novo surge, prepara-nos para o estilo deste segundo Governo. Na pressa do "sound bite", não se pensa. Sai a primeira ideia que vem à cabeça.


Professor universitário