2007/05/26

DESTRUIÇÃO LIQUIDA DE EMPREGO EM DOIS TRIMESTRES CONSECUTIVOS
As Estatisticas de Emprego do INE referentes ao 1º Trimestre de 2007 revelam que, pelo 2º Trimestre consecutivo, se verificou um destruição liquida de emprego o que determinou que se tenham perdido já cerca de 51.000 postos de trabalho, o que corresponde a 1% de todo o emprego que existia.
Eugénio Rosa*

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    Lisboa, o enfado e a desmotivação

    Era meia-noite e meia, desisti e fui dormir depois de assistir a quatro experts a falar sobre Lisboa. Não se distinguiam os prós e os contras, e os de direita não foram menos catastrofistas como aqueles que Fátima, a manipuladora, apresentou à esquerda. Não hão-de as pessoas andar baralhadas!
    Tudo mal em Lisboa e os responsáveis nicles. Somos nós todos, dizem eles.
    As senhoras que os deram à luz , estou certo, não terão culpa.
    O discurso, também deturpador da realidade, e das responsabilidades, poderá
    ser debitado ao contrário. Vejamos.

    O Rossio e a Praça da Figueira foram remodelados; o Chiado foi dinamizado e é frequentado por muita gente; O Bairro Alto, mantendo jus à sua tradição de local de lazer, está muito melhor e junta muita juventude; a rede do metropolitano continua a aumentar e os autocarros a funcionar; a zona ribeirinha, especialmente a oriental, deixou de ser uma lixeira de muitos
    quilómetros; Alfama e o Castelo estão muito diferentes; vêem-se cidadãos a correr junto ao Tejo e até por dentro da cidade; passam caravanas de ciclistas; a oferta cultural da cidade aumentou; demoliram-se as barracas construíram-se hotéis por todo o lado; há novos espaços abertos à população como, por exemplo, o parque das Conchas e dos lilases no Lumiar, etc. ,etc.
    Esqueceram-se, até à meia-noite e meia, de falar dos cidadãos de Lisboa que estão desempregados ou com trabalho precário e da diminuição do poder de compra da generalidade da população; do estímulo ao individualismo que é contrário a tudo o que é participação colectiva; não estiveram interessados em explicar as razões da especulação imobiliária, das pessoas que são varridas da cidade para os subúrbios (Amadora, por exemplo) em condições piores do que tinham em Lisboa; da política de solos; das rendas e dos empréstimos para a habitação; do boicote que tem sido feito às associações de cultura e recreio; do fim dos jogos da cidade; do fim das unidades industriais; da pobreza que cada mais é visível para todos; da falta de planeamento para colocar a cidade ao serviço dos cidadãos; dos planos de cedência da zona ribeirinha para fins privados (sedes de fundações e hótéis de luxo), em vez de a pôr ao serviço da fruição do lazer dos lisboetas; das pessoas que ainda utilizam balneários públicos que felizmente ainda existem em algunas colectivaddes por não terem condições de habitação; etc., etc.
    Sobretudo não falam da involução que houve na política iniciada depois do 25 de Abril, na capital e no país. Quem é que praticou a política de direita, a favor do grande capital. Dos interesses imobiliários. Querem desmotivar as pessoas convidando participantes reconhecidamente de direita e outros a defender o mesmo como se estivessem a defender políticas de esquerda. É a baralhação, do todos iguais, com vista à desmotivação, a ganhar o voto e a continuar o fartar vilanagem.
    De alguém, que não sei quem

    2007/05/23

    Os Srs. que escravizam e roubam os trabalhadores... à descarada!!!

    Será que o problema deste país é mesmo a falta de produtividade dos trabalhadores portugueses?
    Ou será que o problema deste país são os parasitas que vivem à custa do trabalho dos trabalhadores portugueses?...

    Salário dos administradores duplicaram entre 2000 e 2005 para 3,5 milhões de euros 07.05.2007 - 09h14 Anabela Campos PÚBLICO

    Cada comissão executiva das empresas cotadas na Bolsa de Lisboa ganhou, em média, 3,5 milhões de euros em 2005, mais do dobro do que auferia em médiano ano 2000.
    Olhando apenas para as empresas do PSI20, índice que agrupa as 20 maiores sociedades cotadas no mercado português, o aumento é superior: 3,2 vezes.
    Números que impressionam num cenário de crescimento quase nulo da economia portuguesa - menos de um por cento ao ano -, de contenção salarial e dequebra do mercado de capitais, após a euforia de 1999-2000. Estes dados fazem parte de um extenso estudo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) sobre o Governo das Sociedades, feito em meados de 2006,com base num inquérito a 48 empresas, que será divulgado hoje na íntegra. O regulador vai apresentar um conjunto de novas regras que tornará algumas das actuais recomendações obrigatórias, entre elas a publicação da remuneração individualizada dos membros dos órgãos de gestão.
    As comissões executivas têm habitualmente entre cinco e sete elementos, o que indica que a remuneração média de cada administrador pode ultrapassar o meio milhão de euros.
    Os salários milionários das administrações das empresas cotadas têm sido um tema de debate intenso na imprensa financeira internacional, onde se tem discutido se os gestores de topo se remuneram ou não de forma exagerada. E se os seus ganhos extraordinários reflectem o mérito da gestão e os resultados e desempenho das empresas ou são apenas benesses imerecidas.
    O estudo revela também que o montante auferido pelos conselhos de administração (CA) ascende a 23,9 por cento do lucro, um valor elevado em termos internacionais. A percentagem é mais reduzida no sector financeiro (4,9 por cento) e nas empresas que integram o PSI20 (9,9 por cento), do que nas sociedades da área não financeira (27,1 por cento) e das cotadas fora do índice de referência da praça lisboeta (36,7 por cento).
    O sector financeiro é, de longe, quem melhor paga às administrações: em 2005 a remuneração média dos CA foi 9,7 milhões de euros. No segmento não financeiro, os salários dos órgãos de cúpula são bem mais baixos: 2,4 milhões de euros, na prática quatro vezes menos que os seus pares da banca.
    As empresas do PSI20 pagam melhor que as do PSI Geral - em 2005 remuneraram os CA com 5,6 milhões de euros. Já as empresas fora do PSI20 pagaram "apenas" 1,5 milhões de euros. A remuneração fixa, revela o estudo, é maior nas empresas não financeiras e fora do PSI20. Cada membro da comissão executiva recebe, em média, cinco vezes mais do que os elementos do corpo de alta direcção das empresas.
    A discrepância entre as remunerações dos gestores de topo e os trabalhadores comuns tem vindo a acentuar-se em Portugal. Enquanto a remuneração dos administradores das empresas do PSI20 cresceu mais de 220 por cento entre 2000 e 2005, o aumento salarial no total da economia foi de 15,7 por cento. É igualmente abissal a diferença entre o que recebe um membro de um CA e o trabalhador médio português, cujo salário mensal bruto declarado à Segurança Social ascendeu, em 2005, a 620 euros (8680 anuais), sessenta vezes menos que os administradores das empresas do PSI20.
    As reformas douradas dos CA também têm gerado polémica. O estudo mostra que as empresas contraíram, em 2005, responsabilidades de médio e longo prazo para os seus administradores num valor médio de 7,8 milhões de euros. O sector financeiro lidera, com benefícios de reforma para o CA de 26,3
    milhões de euros. No conjunto das empresas do PSI20, o valor médio desce para 16,3 milhões de euros e é de apenas 316 mil euros para as sociedades fora do índice de referência.
    Semapa no topo
    A comissão executiva da Semapa foi a mais bem paga em 2005, com cada um dos quatro administradores da holding cimenteira a receberem um montante médio anual de 4,4 milhões de euros. Um valor que supera a média anual paga, em termos globais, aos conselhos de administração das empresas cotadas em 2005: 3,5 milhões de euros.
    Os quatro executivos da Semapa - na altura Pedro Queiroz Pereira, Carlos Alves, José Honório e Francisco Castro Guedes - partilharam entre si em 2005 uma remuneração anual de 17,612 milhões de euros. A parte variável foi a maior fatia: 11,4 milhões de euros. Os salários dos administradores da Semapa têm, desde 2005, merecido a contestação de um ex-administrador e accionista do grupo. Face a estes valores, a comissão executiva da Semapa ultrapassou os valores recebidos individualmente pelos administradores do BCP em 2005: 3,5 milhões de euros.
    Esta notícia está disponível em:
    http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1293182&idCanal=65

    2007/05/13

    Hoje foi publicada uma entrevista ao Exmo. Sr. Engº João Proença, no correio da manhã, onde o Exmo. Sr. Engº, explica o porquê da UGT não aderir à GREVE GERAL, marcada para dia 30, explicou não explicando nada, debitou umas teorias. O que me espanta, pois este senhor até é uma pessoa que vende bem o seu “peixe” ao trabalhador, que mantêm-se distante das dificuldades dos outros; ao trabalhador que normalmente protesta baixinho e quando vê o “patrão” põem-se em sentido; ao trabalhador, que normalmente se mete no fim da fila quando é para reivindicar os seus direitos, mas quando é para receber algo resultante dessa luta é o primeiro da fila; ao trabalhador comodista, que passa a vida a dizer “...não vale a pena lutar, pois os patrões têm a “faca e o queijo” na mão; ao trabalhador, que quando passa na rua e vê a miséria diz “...eles só estão assim porque querem”;

    Mas com esta entrevista, nem isso conseguiu, deve estar a perder pedalada, deste modo não admira que o PS e companhia, perdão, e companhias o afastem da UGT, lhe dêem um tachinho por serviços prestados, e arranjem outro do mesmo calibre para o substituir na UGT.

    Infelizmente, ainda existem muitas mentalidades assim, mas é preciso lembrar os mais velhos que o ESTADO DO NOSSO PAÍS, deve-se à hipocrisia, ao comodismo, oportunismo,... que tem havido ao longo dos tempos por parte de uma grande parte dos trabalhadores.

    Muitos destes trabalhadores, esquecem-se que têm filhos, netos e outros familiares que vão colher o que eles plantaram, o que actualmente se traduz:

    - Na precariedade do trabalho, trabalhadores temporários que têm contratos mensais, e que não sabem se no mês seguinte têm trabalho, perdão, trabalho existe não sabem é se vão ser eles os explorados no mês seguinte.

    Trabalhadores estes que para manterem este trabalho, fazem horas e horas sem receberem, têm que concordar sempre com o “patrão” mesmo que seja o maior atentado à humanidade, mas se querem trabalho, é assim mesmo.

    Isto e muito mais, em troco de alguns euros que mal dá para comer e pagar os transportes para irem trabalhar, pois quanto a casa, é melhor nem falar.

    Por algum motivo cada vez mais existem empresas de trabalho temporário e cada vez mais, o lucro é maior.

    ISTO É A ESCRAVATURA DO SEC. XXI

    Isto acontece, mesmo quando mais de 90% dos temporários estão em situação ilegal à luz do Código de Trabalho – código que tem sofrido atentados, do PS e PSD, ao longo do tempo, mas ainda não estão satisfeitos, nem estarão enquanto neste Código ainda existir direitos para os trabalhadores.

    E o que têm feito a UGT e a maioria dos seus sindicatos filiados, quando estes trabalhadores pedem ajuda? Batem-lhes nas costas e dizem, “não vale a pena”.

    Não vale pois não, se valesse o que aconteceria aos “tachos” e fundos que a UGT recebe? Sim os tachos tipo Torres Couto, e muitos outros.... Sim os fundos que eram para formação, ainda não sabemos é de quem e de quê.

    - Os salários, actualmente muitos trabalhadores ganham, as vezes nem isso, o suficiente para irem trabalhar no mês seguinte;

    - No desemprego, mesmo alterando critérios de estatística entre outras manobras, continua nos valores que estão;

    - Os subsídios dados aos patrões, as isenções da Segurança Social dada, etc... em troca estes patrões dão um emprego(zinho) através do instituto de emprego, em que as condições propostas, são um crime para os trabalhadores que andam à procura de trabalho, RESUMINDO O ESTADO – GOVERNO – FINANCIA CRIMES.

    Haveria muito mais para falar, mas só não sabe quem não quer, é a SOCIEDADE QUE MERECEMOS, por isso é que ainda existe uma associação patronal, perdão, uma associação dos trabalhadores como a UGT.

    Agora vamos à entrevista....

    Entrevista CM: João Proença

    CGTP usou a greve para dividir a UGT

    João Proença, secretário-geral da UGT, acusa a CGTP de usar a greve geral de dia 30 para enfraquecer e dividir a UGT, afirma que não vai mudar coisa nenhuma e que pode inclusive ser prejudicial para a luta dos trabalhadores. Diz que a reforma em curso na Administração Pública está um caos.

    Querem ver que ainda vão despedir todos os que fizerem greve, ou será que se houver uma grande adesão, ele vai ser acusado pelo PS e companhias, de não conseguir calar os trabalhadores, em suma vai ser despedido por justa causa, ou seja incompetência.

    Correio da Manhã – A UGT não apoia a greve geral de dia 30 marcada pela CGTP. Porquê?

    João Proença – A UGT apoia as greves marcadas pelos seus sindicatos. Mas nunca assumimos a luta pela luta, a greve pela greve. Sobre a greve dita geral declarada pela CGTP não há um motivo concreto.

    Pensando bem o gajo até têm razão, cada vez há mais lucros, cada vez paga-se menos aos empregados, cada vez mais existem trabalhadores em situação precária, ou seja menos €, mais trabalho realizado, já chega se não fico aqui uma semana inteira.

    Oh..Oh.. estava-me a esquecer novamente que a UGT defende os trabalhadores e não os patrões.

    – É um motivo meramente político?

    – É muito difuso, político em geral. Se formos ver bem, porquê feita hoje e não há dois anos? E depois a CGTP não teve qualquer contacto com a UGT.

    Mais uma vez o gajo tem razão, porque não fazer barulho só quando o PS não está no governo? Vai longe vai...

    – Não houve qualquer contacto?

    – Nada. Não houve qualquer contacto tentando viabilizar a adesão da UGT ou dos seus sindicatos a essa greve. Pelo contrário, a CGTP usou a greve para dividir a UGT e enfraquecê-la.

    Queres ver que a CGTP se esqueceu do nº de telefone da UGT, e telefonou para os membros (acho que é assim) da UGT.

    – Contactou sindicatos da UGT?

    – Fez isso para tentar demonstrar que a UGT não está com a greve, logo não está com os seus sindicatos e os seus trabalhadores. E foi isso que obrigou a UGT a vir publicamente explicar o porquê de não fazer a greve.

    Mas afinal contactou ou não contactou ?

    – Porquê então?

    – Não vai para a greve porque nem sempre uma greve é boa. É boa se tiver uma forte adesão dos trabalhadores e demonstrar a sua força. Uma greve fraca enfraquece a luta dos trabalhadores.

    Será que o que ele quer dizer, é como tivemos meia dúzia de trabalhadores na comemoração do 1º de Maio da UGT, é melhor...

    – A greve vai contar com o apoio de sindicatos da UGT?

    – Os sindicatos da UGT poderão fazer parte da greve. Não temos aqui nenhum estalinismo de procedimentos que leve sanções a quem faça a greve. Mas não prevemos que algum sindicato significativo, nomeadamente da área dos Transportes, muito importante para a CGTP, faça greve.

    Estalinismo não, só acabar com os subsídios para formação que esses sindicatos recebem, mas atenção esses subsídios são aplicados na formação.

    – Não há razões para a greve? Reforma do Estado, desemprego?

    – Não, porque no dia seguinte à greve geral vamos continuar a não saber o que é que a CGTP pretendeu alcançar com a greve geral. Manifestar o descontentamento dos trabalhadores da Administração Pública? É mais do que manifesto. Estão claramente zangados com o Governo. Já fizeram uma greve nacional bastante conseguida.

    Há agora percebo, deve ser por causa destas e outras que este Sr. Critica, na comunicação social, a desgraça que impera sobre os trabalhadores, mas depois é o primeiro a assinar os acordos que contêm essas mesmas desgraças e outras piores.

    – E essa greve mudou alguma coisa?

    – Acho que o Governo alterou alguns procedimentos, de uma forma muito ligeira, mas a verdade é que estamos hoje confrontados com um verdadeiro caos na reforma da Administração Pública.

    Ai acha, mas este gajo nunca tem certezas?

    – É o caos?

    – Está naquela fase de caos. Se vai dar alguma coisa positiva não sei. Sei que para os trabalhadores está a ser negativa com a ameaça da mobilidade. Em termos de País a ver vamos.

    – A reforma não está a andar?

    – Assistimos à paralisação da Administração Pública e à desmobilização dos trabalhadores. Sentem que têm os seus postos de trabalho ameaçados, sentem que podem ir para o quadro de mobilidade se não forem do total agrado do chefe. Arriscam-se a ir parar ao quadro de mobilidade porque os critérios não existem.

    – São arbitrários?

    – Veja o que se passou no Ministério da Agricultura, em que não há critérios. O ministro disse para cada dirigente fazer os seus critérios, fizeram uma avaliação para ajustar aos critérios.

    – Tudo ao contrário?

    – Claro. Um disparate total. O próprio ministro demitiu-se da reestruturação. Como é possível? Há uma decisão política, não sei de quem, para se reduzir os trabalhadores em trinta por cento. É inaceitável que ele diga a cada um dos seus dirigentes para aplicar esse corte.

    – Sem critérios?

    – O que tinha de dizer era quais eram os serviços fundamentais, os que ia extinguir e por aí adiante. Não. Cada director-geral reduza trinta por cento e façam como muito bem entenderem. Avaliação? Não houve a tempo.

    – Como é que explica isso?

    – Acho que tem havido erros graves na maneira como está a ser conduzida a dita modernização da Administração Pública, nomeadamente na maneira como os trabalhadores foram tratados na chamada harmonização dos direitos. Poderia ter havido mais diálogo e, essencialmente, não confundir direitos com privilégios.

    POIS, MAS QUANTO A RAZÕES PARA A GREVE NÃO EXISTEM.

    Bem já chega, isto é mau demais........

    – Voltando à greve. Não vai alterar este estado de coisas?

    – Não vai alterar nada.

    – Vai ser uma greve essencialmente do sector público?

    – Estou convencido de que vai ser a greve de protesto de muitos trabalhadores da Administração Pública. Mas uma greve de protesto que conduz a poucos resultados.

    – A greve também provocou divisões na CGTP.

    – Sim, a decisão foi tomada por uma tendência que é esmagadora, a comunista, contra os restantes sindicalistas.

    Está a haver aqui uma confusão, não é na CGTP que existem decisões tomadas por uma tendência.

    – Incluindo o próprio secretário-geral?

    – Não comento essas especulações.

    Pois mais vale estar calado, do que dizer asneira.

    "NÃO É DIFÍCIL DESPEDIR"

    CM – Começou agora a falar-se de flexigurança no mercado de trabalho. Não existe já em Portugal?

    J.P. – Os relatórios da OCDE falam da pouca flexibilidade porque só olham para o despedimento individual, o que é profundamente errado. Em Portugal há uma grande flexibilidade como há uma elevadíssima precariedade. Portugal e Espanha são os países com maior precariedade na Europa.

    – O que é que falta então?

    – Falta a adaptabilidade das condições de trabalho. As empresas hoje só produzem se tiverem encomendas. A definição rígida de posto de trabalho já não se adapta à realidade.

    – Mas como é que se altera a situação? Com mais leis?

    – A lei pode dar uma ajuda. Mas, por exemplo, os empregadores dizem que fazem contratos a prazo porque é difícil despedir. É falso. Porque para se despedir trabalhadores há o despedimento colectivo. Repare que para uma empresa até 50 trabalhadores o despedimento colectivo é composto por apenas dois funcionários num prazo de três meses.

    Deve ser por estas e outras, que a UGT deu o parecer que deu sobre a flexigurança, tenho a impressão que eles nem lêem as matérias sobre que dão parecer, devem-se limitar a receber o parecer já feito, enviado por alguém com interesses nessa matéria e depois limitam-se a assinar.

    Pois se assim não fosse, não era compreensível a diferença entre o que falam e as acções que praticam.

    "AUTOEUROPA É UM BOM EXEMPLO"

    CM – A Autoeuropa é um caso exemplar em Portugal?

    J.P. – É um caso diferente e é um bom exemplo, mas que não pode ser extrapolado para outros casos. Na Autoeuropa há uma Comissão de Trabalhadores que tem negociado acordos de empresa, bons acordos, mas com o apoio dos sindicatos.

    – A Autoeuropa é exemplar. E a Opel da Azambuja é o seu oposto?

    – É um dos exemplos mais negativos de actuação de uma comissão de trabalhadores em Portugal.

    UM AVÔ FELIZ COM VISTA PARA O TEJO

    A sede da UGT fica na Buenos Aires em Lisboa. Um prédio já com alguns anos que tem como vizinho da frente o Instituto Superior de Economia em ruínas. Um espectáculo verdadeiramente degradante numa zona nobre da cidade. Mais sorte tem o secretário-geral da UGT. Do seu gabinete tem-se uma vista deslumbrante para o Tejo.

    João Proença vai fazer 60 anos em Julho. Para trás fica uma vida ligada à investigação no INETI, à política, sempre no Partido Socialista, a vários gabinetes ministeriais e, claro, ao movimento sindical democrático, em especial à União Geral dos Trabalhadores. Está desde 1995 no cargo. Muito tempo, diz João Proença, que vai abandonar a Buenos Aires no final do próximo ano. Por várias razões. Pela necessidade de renovação e porque quer dedicar mais tempo às suas funções de avô. Não sabe o que vai fazer profissionalmente. O Governo do seu Partido Socialista prepara-se para extinguir o INETI, mas João Proença não tem dúvidas sobre o futuro.

    Com um currículo profissional bem preenchido, não lhe será difícil encontrar um trabalho que o satisfaça até à reforma. Reconhece que o movimento sindical está a mudar rapidamente. Com aspectos positivos e negativos. Mas o que mais o preocupa é a presença de jovens não só nos locais de trabalho como nas diferentes estruturas sindicais. A renovação impõe-se. Por isso sai agora. A tempo de ver os netos crescerem.

    PERFIL

    João António Gomes Proença nasceu em 29 de Julho de 1947 na freguesia de Enguias, concelho de Belmonte, distrito da Guarda. Casado, com quatro filhos, fez a escola primária em Enguias, o liceu na Guarda e em Coimbra e a licenciatura em Engenharia Químico-Industrial em Coimbra e no Instituto Superior Técnico em Lisboa. Acabou o curso em 1970, ano em que ingressou no INETI - Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação.

    Investigador auxiliar desde 1882, foi dirigente nacional e deputado do PS, tendo começado a sua actividade sindical em 1985. Ocupou vários cargos em sindicatos ligados à UGT, tendo sido eleito secretário-geral da central em 1995.

    António Ribeiro Ferreira

    Resumindo:

    Já fez muitos favores, a muita gente – mas não foi no interesse dos trabalhadores, de certeza – agora está na hora de receber, por tudo o que fez, mas até lá vai dando uns bónus, enquanto isso o ZÉ VAI-SE LIXANDO.

    2007/05/12

    FLEXIGURANÇA : as consequências para os trabalhadores

    A palavra “flexigurança”, tal como sucede com “factor de sustentabilidade” é, segundo as ciências da comunicação, uma palavra-armadilha pois que procura ocultar o verdadeiro objectivo que, no primeiro caso, é a liberalização dos despedimentos individuais e, no segundo, foi a redução das pensões. São também denominadas “palavras-virtude” porque procuram associar, de forma enganosa, as palavras positivas “segurança” e “sustentabilidade” àqueles objectivos (liberalização dos despedimentos e redução das pensões), que nada têm a ver com elas.

    Eugénio Rosa*

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    2007/05/11

    O PROFESSOR QUE SÓCRATES NÃO CONHECIA, NÃO CONHECEU NEM QUER OUVIR FALAR ; A BEM DA NAÇÃO

    CHAMA – SE ANTÓNIO JOSÉ MORAIS É ENGENHEIRO A SÉRIO; DAQUELES RECONHECIDOS PELA ORDEM (não é uma espécie de Engenheiro, como diriam os Gatos Bem Cheirosos)

    O António José Morais é primo em primeiro grau da Dr.ª Edite Estrela. É um transmontano tal como a prima que também é uma grande amiga do Eng. Sócrates . Também é amigo de outro transmontano, também licenciado pela INDEPENDENTE o DR. Armando Vara , antigo caixa da Caixa Geral de Depósitos e actualmente Administrador da Caixa Geral de Depósitos, grande amigo do Eng. Sócrates e da Dr.ª Edite Estrela.

    O Eng. Morais trabalhou no prestigiado LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), só que devido ao seu elevado empreendedorismo canalizava trabalhos destinados ao LNEC, para uma empresa em que era parte interessada.

    Um dia foi convidado a sair pela infeliz conduta.

    Trabalhou para outras empresas entre as quais a HIDROPROJECTO e pelas mesmas razões foi convidado a sair.

    Nesta sua fase de consultor de reconhecido mérito trabalhou para a Câmara da Covilhã aonde vendeu serviços requisitados pelo técnico Eng. Sócrates.

    Daí nasce uma amizade.

    É desta amizade entre o Eng. da Covilhã e o Eng. Consultor que se dá a apresentação do Eng. Sócrates à Dr.ª Edite Estrela, proeminente deputada e dirigente do Partido Socialista.

    E assim começa a fulgurante ascensão do Eng. Sócrates no Partido Socialista de Lisboa apadrinhada pela famosa Dr.ª Edite Estrela, ainda hoje um vulto extremamente influente no núcleo duro do líder socialista.

    À ambição legítima do político Sócrates era importante acrescentar a licenciatura.

    Assim o Eng. Morais, já professor do prestigiado ISEL (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa ) passa a contar naquela Universidade com um prestigiado aluno – José Sócrates Pinto de Sousa , bacharel .

    O Eng. Morais demasiado envolvido noutros projectos faltava amiúdes vezes ás aulas e naturalmente foi convidado a sair daquela docência.

    Homem de grande espírito de iniciativa, rapidamente colocou – se na Universidade Independente.

    Aí o seu amigo bacharel José Sócrates, imensamente absorvido na politica e na governação seguiu – o “ porque era a escola, mais perto do ISEL que encontrou “.

    E assim se licenciou, tendo como professor da maioria das cadeiras (logo quatro) o desconhecido mas exigente Eng. Morais. E ultrapassando todas as dificuldades, conseguindo ser ao mesmo tempo Secretário de Estado e trabalhador estudante licencia –se , e passa a ser Engenheiro, á revelia da maçadora Ordem dos Engenheiros, que segundo consta é quem diz quem é Engenheiro ou não, sobrepondo – se completamento ao Ministério que tutela o ensino superior.

    (Essa também não é muito entendível; se é a Ordem que determina quem tem aptidão para ser Engenheiro devia ser a Ordem a aprovar os Cursos de Engenharia ; La Palisse diria assim)

    Eis que licenciado o governante há que retribuir o esforço do HIPER MEGA PROFESSOR, que com o sacrifício do seu próprio descanso deve ter dado aulas e orientado o aluno a horas fora de normal, já que a ocupação de Secretário de Estado é normalmente absorvente.

    E ASSIM FOI:

    O amigo Vara, também secretário da Administração Interna coloca o Eng. Morais como Director Geral no GEPI , um organismo daquele Ministério.

    O Eng. Morais, um homem cheio de iniciativa, teve que ser demitido devido a adjudicações de obras não muito consonantes com a lei e outras trapalhadas na Fundação de Prevenção e Segurança fundada pelo Secretário de Estado Vara.

    (lembram - se que foi por causa dessa famigerada Fundação que o Eng. Guterres foi obrigado a demitir o já ministro Vara (pressões do Presidente Sampaio), o que levou ao corte de relações do DR. Vara com o DR. Sampaio – consta – se até que o DR. Vara nutre pelo ex Presidente um ódio de estimação.

    O Eng. Guterres farto que estava do Partido Socialista (porque é um homem de bem, acima de qualquer suspeita, integro e patriota) aproveita a derrota nas autárquicas e dá uma bofetada de luva branca no Partido Socialista e manda – os todos para o desemprego.

    Segue – se o DR. Durão Barroso e o DR. Santana Lopes que não se distinguem em praticamente nada de positivo e assim volta o Partido Socialista comandado pelo Eng. Sócrates E GANHA AS ELEIÇÕES COM MAIORIA ABSOLUTA.

    Eis que, amigo do seu amigo é , e vamos dar mais uma oportunidade ao Morais , que o tipo não é para brincadeiras.

    E o Eng. Morais é nomeado Presidente do Instituto de Gestão Financeira do Ministério da Justiça.

    O Eng. Morais homem sensível e de coração grande, tomba de amores por uma cidadã brasileira que era empregada num restaurante no Centro Comercial Colombo.

    E como a paixão obnubila a mente e trai a razão nomeia a “brasuca “ Directora de Logística dum organismo por ele tutelado a ganhar 1600 € por mês. Claro que ia dar chatice, porque as habilitações literárias (outra vez as malfadadas habilitações) da pequena começaram a ser questionadas pelo pessoal que por lá circulava.

    Daí a ser publicado no “ 24 HORAS” foi um ápice.

    E ASSIM lá foi o apaixonado Eng. Morais despedido outra vez.

    TIREM AS VOSSAS CONCLUSÕES

    2007/05/02