
Desvirtuado, quotidianamente, por acepções direitistas e neo-capitalistas, o conceito marxista de classe social permite-nos, no entanto, compreender a actualidade da teoria marxista-leninista, fazendo jus ao libelo acusatório contra o capitalismo que é o « Manifesto Comunista »: « A história de toda a sociedade até agora existente é a história da luta de classes ».
« Virtuosos » defensores da burguesia monopolista enchem jornais, revistas, rádios e televisões com uma série de estudos cujo objectivo fundamental é a defesa ideológica do capitalismo como último estádio da História. A luta de classes seria, desta forma, algo que pertence ao imaginário retrógrado de uns tantos teimosos comunistas. Segundo estes estudiosos, estaríamos num momento da História do capitalismo, pretensamente chamado, por um dos frutos criados pela burguesia dominante, de « era do vazio », no qual todos poderíamos ascender aos estratos sociais mais elevados. A mobilidade social é-nos, assim, apresentada, como um dos fenómenos modernos que contrariariam a pretensamente « velha » teoria marxista da luta de classes.
Com este artigo pretendemos demonstrar a actualidade do pensamento marxista, do ponto de vista da sua concepção classista da organização social que, da sociedade esclavagista ao capitalismo, sempre opôs duas classes antagónicas fundamentais.
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