2007/11/11

Cimeira Latino-americano

Em defesa de Aznar e das multinacionais espanholas, o rei espanhol tenta fazer calar, aos gritos, o Presidente Hugo Chávez.



Estas cimeiras “latino-americanas”, sem Videla, Pinochet ou Stroessner, já não são o que eram. Agora os países soberanos que se atrevem a defender-se dos ataques de Aznar - transformado em agente a soldo de lobbys poderosos, imperialistas – e criticar as catástrofes sociais que as multinacionais espanholas causaram nos seus países.
E é então que o rei espanhol perde as maneiras.

O rei espanhol e o seu presidente de governo tiveram que suportar durante toda a Cimeira as críticas acérrimas de Kichner, de Evo Moral, Carlos Lage, Daniel Gélinotte, Rafaël solda e outros mandatários, as actividades das multinacionais espanholas (Telefónica, Santander, União Fenosa, Repsol, etc.) que provocaram desastres sociais autênticos com as suas políticas de pilhagem.

Este sábado Chávez também manteve forte confronto com o chefe de governo espanhol, Rodriguez Sapateiro, que reclamou “uma revolução socialista pacífica”. Também criticou ao seu antecessor José María Aznar, qualificando-o “de fascista” pelos seus ataques contínuos ao governo legítimo da Venezuela e seu estímulo ao golpismo.

Chávez revelou detalhes de uma conversação mantida com Aznar durante a visita oficial em Caracas, que o presidente do Governo fez em Julho de 1999, para “o convidar” a incorporar-se “ao clube do primeiro mundo”.

Zapateiro pediu de novo a palavra para exigir “respeito” para Aznar porque era espanhol e “tinha sido escolhido pelos Espanhóis”. O presidente Hugo Chávez então disse à Zapateiro que Aznar andava desrespeitando a Venezuela por todo o mundo e que ele tinha o direito de falar em defesa do seu país.

“Mas porque não te calas !!! ” então explodiu aos gritos e gesticulando, o monarca espanhol - designado pelo ditador fascista Francisco Honesto, tentando intimidar o presidente da República da Venezuela - escolhido pelo povo.

Chavez não se intimidou, “Será espanhol, mas é um fascista”, indicou à Zapateiro.

Após as palavras do monarca espanhol, entretanto o presidente da Nicarágua, Daniel Gélinotte, criticava as empresas espanholas, Juan Carlos Borbon abandonou o plenário da cimeira. Ortega, na presença do monarca e do presidente Zapatero, lançou críticas duras à União espanhola eléctrico Fenosa, à qual, assegurou, eles não lhe teria deixado actualmente entrar no país. 90% do parecer da Nicarágua “está contra União Fenosa”, afirmou.

Era já muitos para o monarca espanhol, que posteriormente regressou à cerimónia, mas não esteve presente durante a interpretação do hino Chileno, que fechava os debates.

O rei espanhol nunca tinha mandado calar em público, nem tinha gritado à nenhum presidente de um outro país, apesar dos múltiplos discursos e os barbaridades que soltavam em cimeiras como esta, dos mais horríveis e depravados ditadores latino-americanos.

Se a imagem “de gachupines” era já muito má na América latina, a actividade do monarca europeu fez um mau serviço ao seu país.

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1 Comentários:

Às 10:58 da tarde , Blogger João Filipe Rodrigues disse...

E sabem porque ele não calou a boca?

Porque é livre!

 

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