2007/10/28

Aprender para ajudar os agiotas a obterem lucro....


Como todos os dias estão a retirar direitos aos trabalhadores, o desemprego a aumentar e consequentemente a pobreza a atacar ainda mais quem já se encontra fragilizado.
Os preços a aumentarem, e os bens de primeira necessidade a estarem cada vez mais nas mão dos agiotas, é necessário descobrir novas formas para sobreviver.
Como estamos a regredir nas condições de vida dos trabalhadores, temos que começar a voltar à idade média para aprendermos a viver em consonância com o aumento dos lucros dos agiotas, ou seja a grande evolução económica obriga que os trabalhadores produzam para o aumento dos lucros, dos lucros, dos lucros dos agiotas, e conforme a maioria reformista, temos que colaborar com estes agiotas, pois só assim podemos ter direito a umas migalhas, que dêem para que no dia seguinte possamos ir trabalhar e continuar a contribuir para o aumento dos lucros, dos lucros, dos lucros dos agiotas.

Desta forma e dando razão aos reformistas, para que revoltarmos contra os agiotas, só temos que colaborar com eles, se na idade média se vivia assim, para que necessitamos de mais?


Aprender com a idade média


Naquele tempo, a maioria das pessoas casavam-se no mês de Junho (início do Verão), porque, como tomavam o primeiro banho do ano em Maio, em Junho o cheiro ainda estava mais ou menos...

Estão a ver como podemos poupar na conta da àgua e do gás, e assim os agiotas já podem aumentar ainda mais os preços...

Entretanto, como já começavam a exalar alguns "odores", as noivas tinham o costume de carregar bouquets de flores junto ao corpo, para disfarçar.
Daí temos em Maio o "mês das noivas" e a origem do bouquet.


Estão a ver como é fácil, o bouquet até ainda existe, não é preciso inventar nada.

Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa.
Depois, sem trocar a água (reparem que lindo!), vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os bebés eram os últimos a tomar banho ! Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível perder um bebe lá dentro.
É por isso que existe a expressão em inglês "don't throw the baby out with the bath water", ou seja, "não deite fora o bebé juntamente com a água do banho", que hoje usamos para os mais apressadinhos...

Os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais se aquecerem - cães, gatos e outros animais de pequeno porte, como ratos e besouros. Quando chovia, começavam as goteiras os animais pulavam para o chão. Assim, a nossa expressão "está a chover a cântaros" tem o seu equivalente em inglês em "it's raining cats and dogs".
Para não sujar as camas, inventaram uma espécie de cobertura, que se transformou no dossel. Aqueles que tinham dinheiro, possuíam "loiça" de estanho.
Certos tipos de alimentos como o tomate, oxidavam o material, o que fazia com que muita gente morresse envenenada (estão à ver até a segurança social ganha) - lembrem-se que os hábitos higiénicos da época não eram lá grande coisa... Daí que durante muito tempo o tomate foi considerado como venenoso.
Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque.
Essa combinação, por vezes, deixava o indivíduo "K.O." (numa espécie de narcolepsia induzida pela bebida alcoólica e pelo óxido de estanho).
Quem passasse pela rua pensava que o fulano estava morto, recolhia o corpo e preparava o enterro. (mais nada!). O "defunto" era então colocado sobre a mesa da cozinha (que linda ideia, não?!) por alguns dias (DIAS?!) e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí surgiu a vigília do caixão ou velório, que em inglês se diz "Wake", de acordar. A Inglaterra é um país pequeno, e nunca houve espaço suficiente para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos retirados e encaminhados ao ossário e, o túmulo era utilizado para outro infeliz. (Pessoal, isto é Reciclagem!!).
Por vezes, ao abrir os caixões percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, surgiu a ideia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava presa a um sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar.
Assim, ele seria "saved by the bell" !

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2007/10/21

A teoria que não resulta na prática
É emocionante, quando ao longo dos tempos ouvimos ministros da justiça a inaugurar algo:
É a inauguração dos juízos de execução, no entanto esquecem-se que é preciso funcionários para trabalhar;

É a inauguração dos sistemas informáticos, no entanto esquecem-se que estes sistemas para serem utilizados é preciso material informático;

É a inauguração do envio de articulados via email, e depois transmitem que entraram mais x execuções nos juízos de execuções, esquecem-se que é preciso funcionários para tratar estes email`s;
É a criação dos solicitadores de execuções para substituir os funcionários judiciais, depois esquecem-se de dizer que o preço da justiça está cada vez mais cara, sendo só acessível a quem tem posses, ou seja o crime começa a compensar. Desde que não seja contra os cidadãos e empresas deste pais que tenham possibilidades de pagar, ou seja, de adiantar para depois receberem.

Depois temos os funcionários judiciais precários, que além de serem escravizados, ficam com a culpa de não saberem o que não lhes foi ensinado, e que não tiveram tempo para aprender, junto com a pressão ex
ercida - volume de trabalho - que faz com que não tenham sequer tempo para ver o que estão a fazer, isto também acontece aos funcionários do quadro, depois resulta nisto, ou seja notificam alguém na qualidade de falecido. Mas de quem é a culpa, será de quem executa as teorias, ou de quem dá as teorias sem terem conhecimento da realidade? Depois para defenderem as teses, os teóricos atacam os funcionários judiciais, como fizeram em relação às férias judiciais, e o povinho como quer sangue, desde que não seja o dele, ainda defende estes ataques.
Depois quanto as consequências.... mais ninguém fala...
Os funcionários judiciais que se desenrasquem... depois apareceram os teóricos para criticarem o seu desenrasque.

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Artigo de Nuno Markl - para a geração dos 30*

*A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida. E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta. O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer. 'Quem? ' , perguntou ele. *Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo? A própria música: 'Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além...' era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim. Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora. O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs; Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares; O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus; O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; A Super Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?); O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual... E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração: O Verão Azul. Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada. Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos: Ele nunca subiu a uma árvore! E pior, nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num super-herói quando brincava com os amigos. Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos. Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra. Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção. *Confesso, senti-me velho... Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft. Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros. Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído. Doenças com nomes tipo 'Moleculum infanticus', que não existiam antigamente. No meu tempo, se um gajo dava um malho muitas vezes chamado de 'terno' nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse. Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos. Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano numprego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso. Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração 'rasca'... Nós éramos mais a geração 'à rasca', isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos. Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de presente de anos e Natal, tudo junto. Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo. Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta. Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos. Antes, só havia um cromo por turma. Era o totó de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas. É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada.

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2007/10/20

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O Casimiro casou com o Costa!

O sim na Igreja

No dia 5 de Outubro, a escritura do casamento foi registada no http://www.esquerda.net/ :

“Importante conquista dos trabalhadores avençados da CML”

O Casimiro deu o SIM ao corte de 30% nas despesas com avenças na CML (onde se inclui o salário dos falsos “recibos-verdes”). O Casimiro jura que não haverá despedimentos na CML e que precários e CML estarão juntos, no pior e no melhor, até que a morte os separe: “Serão integradas nos quadros da Câmara”!

O Copo de água

Lançaram-se foguetes e tiros para o ar! O padrinho da boda, o Dr. Zé, fez a festa nos Espaços Verdes, Jardins e Cemitérios de Lisboa. Contra a sua vontade, reabriram em votação camarária o Campo de Tiro em Monsanto, mas o Dr. Zé continua a insistir que põe a família do noivo (O Partido Socialista) e as Damas de Honor (Carmona, Negrão, Roseta e Ruben) a comer na CML pela ementa do Bloco.

Propôs um brinde e celebrou no http://www.esquerda.net/ que “entre 600 a 700 trabalhadores serão considerados trabalhadores com um contrato de trabalho com a CML”. Será? Se for como o Campo de Tiro, já se sabe quem vão ser os patos a levar com o chumbo…

A Noite de Núpcias

Em estado minguante! O Dr. Zé, o Casimiro e o Costa juram que não haverá despedimentos… Será? Vamos aos factos:

Há uns meses existiam 1249 avençados na CML. No último levantamento já só existem 1036… Juram que não haverá despedimentos, mas já começaram os cortes na lista dos convidados.

Concursos públicos que permitiriam a dezenas de trabalhadores ingressar nos quadros da CML foram cancelados, mas os noivos juram combater a precaridade e as relações “one night stand”…

Aprovada no anterior mandato, a medida de integrar os trabalhadores precários ao abrigo do Contrato Individual de Trabalho encontra-se suspensa.
Estão a deitar contas às Avenças para separar o trigo do joio, escolhendo entre os falsos e verdadeiros recibos verdes. Há uma escolha, mas não haverá despedimentos! Os critérios começaram por ser “a florista que ocasionalmente fazia um arranjo nos Paços do Concelho”, depois passou para as “as contratações políticas” e na última versão das várias cartas de amor publicadas no ww.esquerda.net, estavam na calha os “avençados com menos de 3 anos de vínculo” à Câmara. Trocam-se os critérios, mas as juras continuam. Tal como bons amantes, prometem o Céu e a Lua. E juram, juram e juram…

O divórcio

“Lamenta-se portanto a campanha caluniosa, desenvolvida pelos Sindicatos - STML e STAL - e pelo PCP, que tenta pôr em causa a postura do BE em defesa dos trabalhadores” – http://www.esquerda.net/

Quando há contestação, tal como o Sócrates, o Casimiro põe as culpas nos comunistas. Que falta de imaginação: São sempre os malandros dos comunistas! Divórcio entre Casimiro e o Costa? Esqueçam! Basta ler as pérolas publicadas na Central de Propaganda do Costa. A haver um, será entre os trabalhadores precários e a CML. Eles juram que não, mas juras de amor duram o que duram e valem o que valem.

Errata: Onde está escrito "Casimiro" também podes (e deves...) ler "Comissão Política do Bloco de Esquerda


Rui Faustino
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  • 2007/10/18

    Manifestação 18 de Outubro de 2007

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    2007/10/16

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    2007/10/15

    O relatório de progresso da Comissão do Livro Branco das Relações Laborais e o desvirtuamento do direito do trabalho
    por Eugénio Rosa [*]

    RESUMO DESTE ESTUDO

    Pouco tempo depois da divulgação do chamado "Relatório de Progresso" pela Comissão do Livro Branco das Relações Laborais" (31/05/2007), a CAP, a CIP, a CCP e a CTP tornaram públicas as suas exigências em matéria de alterações do Código do Trabalho num documento que chamaram "Posição Comum das Confederações Patronais sobre a revisão do Código do Trabalho e respectiva regulamentação" (18/07/2007). E estranhamente, ou não, grande número das exigências dos patrões portugueses encontramse já contempladas no "Relatório de Progresso" da comissão o que dá uma ideia clara da sua opção de classe.
    Assim, a comissão considera, tal como as confederações patronais, que o objectivo fundamental da revisão do Código do Trabalho deverá ser o de garantir o aumento da produtividade e da competitividade das empresas e da economia, e não os objectivos e funções que caracterizam o direito do trabalho, que são o de restabelecer o equilíbrio numa relação que é desigual à partida, entre o trabalhador e a entidade patronal. A comissão defende, tal como os patrões, uma redução ainda maior do "principio do tratamento mais favorável", o qual pressupõe a existência de uma norma legal que estabeleça que o contrato individual de trabalho e mesmo a convenção colectiva de trabalho só podem afastar o que consta na lei se o contido neles for mais favorável para o trabalhador. Com esse propósito de reduzir a aplicabilidade daquele principio a comissão propõe a substituição do titulo do artº 4º – "principio do tratamento mais favorável" que consta no Código do Trabalho – pelo titulo, mais inodoro mas significativo, de "Relações entre normas de diferentes fontes", assim como a eliminação do artº 531 do Código e dos Regulamentos de Condições Mínimas. A comissão defende, tal como os patrões, a introdução das "intermitências", ou seja, do "período inactivo
    de tempo de trabalho", com a obrigação do trabalhador de estar presente no local de trabalho, mas que não conta como tempo efectivo de trabalho, portanto não dá direito a remuneração. A comissão defende, tal como os patrões, a introdução de novas formas de adaptabilidade, nomeadamente a "adaptabilidade grupal e individual". A comissão defende, tal como os patrões, uma maior desregulamentação do tempo de trabalho pois propõe a " definição de horários de trabalho anual, semanal mas não diário"; a criação de "horários concentrados" que inclui os fins de semana; a redução do tempo de descanso diário mínimo de uma hora para apenas 30 minutos; o aumento do limite anual do trabalho suplementar com a eliminação do pagamento de horas extraordinárias e sua substituição apenas por tempo de descanso; e a alteração da definição de trabalho a tempo parcial. A comissão defende, tal como os patrões, a redução da remuneração nominal do trabalhador com base em contrato individual de trabalho. A comissão defende, tal como os patrões, a eliminação da invalidade do despedimento por violação dos procedimentos estabelecidos na lei, assim como o liberalização do despedimento individual sem justa causa através da alteração profunda das causas do despedimento por inadaptação do trabalhador, a que chama também "ineptidão do trabalhador", à semelhança da proposta do governo para a Administração Pública em que duas avaliações negativas do trabalhador pelo empregador dá origem a processo disciplinar com eventual despedimento do trabalhador. A comissão defende, tal como os patrões, a caducidade automática ao fim de 10 anos das convenções colectivas que tenham a clausula a que os patrões chamam "sobrevigência eterna", ou seja, de uma cláusula como a seguinte:
    "Esta convenção colectiva mantémse em vigor enquanto não for substituída por outra". A
    comissão defende, tal como os patrões, a redução dos direitos sindicais dos trabalhadores pois propõe, à semelhança da proposta de lei do governo para a Administração Pública, a introdução na lei de um limite do número de dirigentes de cada sindicato com direito a crédito de horas e a faltas justificadas, para além do limite a nível de cada empresa que já existe; a eliminação dos representantes dos trabalhadores para SHST; e a diminuição anual do úmero de horas para fazer reuniões com os trabalhadores dentro do horário de trabalho, etc, etc.
    E tudo isto num "Relatório de Progresso", que ainda não é o relatório final, e numa altura em
    que ainda não eram conhecidas publicamente as exigências dos patrões portugueses em relação à revisão do Código do Trabalho e respectiva regulamentação. Só a oposição firme dos trabalhadores é que poderá impedir a concretização pelo governo dos propósitos já anunciados pela "Comissão do Livro Branco das Relações Laborais", que é uma comissão do governo, que não revela qualquer independência técnica e cientifica, tal é semelhança das propostas que defende e os propósitos do governo, já anunciados publicamente pelo ministro Vieira da Silva, sobre a revisão do Código do Trabalho, em que o objectivo principal, segundo ele, será criar condições para aumentar a produtividade e a competitividade das empresas através de uma maior adaptação do direito do trabalho às necessidades da economia.
    Este estudo tem como base o documento que está disponível na Internet, que qualquer um pode obter através dos links acima. Como é evidente, a análise feita e as conclusões tiradas apenas responsabilizam o seu autor pois traduzem a sua opinião pessoal formada com base num exame atento e autónomo do relatório.
    Este estudo foi feito com o objectivo de facilitar a leitura do extenso documento que é o chamado "Relatório de Progresso da Comissão do Livro Branco das Relações Laborais", que tem 55 páginas, por todos aqueles que se interessam por estas matérias, chamando a atenção para os aspectos que nos parecem mais importantes e gravosos para os trabalhadores, numa óptica que resulta de experiência concreta obtida na contratação colectiva, uma área onde o autor tem desenvolvido uma parte importante da sua vida profissional, e do estudo atento do direito do trabalho em Portugal, que é necessário conhecer bem (conhecer o Código do Trabalho não significa aceitar o Código do Trabalho) para poder fazer, com um mínimo de segurança e eficácia, contratação colectiva, instrumento importante de defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores.

  • Ver Estudo Completo
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    2007/10/08

    ANTICOMUNISMO
    Cena do filme "1900" de Bernardo Bertolucci

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    2007/10/07

    Existem várias formas de transmitir informação, e uma delas é desinformar, para isso vale tudo, mostram o que querem, e informam como querem.
    Podemos ver a situação da Venezuela, em que os meios de comunicação social sempre que puderam, através de meias palavras e com as palavras todas, tentam apelidar Chavez de ditador, anti-democrata, através
    das manifestações (só as contra Chavez, é claro);
    dos desacatos provocados pelos apoiantes de Chavez, os desacatos foram palavras usadas por eles pois lutar por algo é só quando os EUA apoiam a luta, quanto aos restantes ou são desordeiros ou terroristas;

    Agora não falam?
    Porque será?

    Perante tal desinformação e omissão aconselho a visitarem o blog

    tirem-as-maos-da-venezuela


    Mas mais antiga é a situação de Cuba, pois para a comunicação social só existem os Cubanos que tentam fugir e a bondade dos EUA, pois todos os Cubanos que conseguirem chegar a território americano tem direito a casa e emprego.

    No entanto o que a comunicação social se esquece de dizer é que muitos desses Cubanos que fogem em barquinhos, ou noutros meios, fazem-no aliciados pela propaganda capitalista, e passando a mensagem que os EUA são o país das oportunidades, não lhes informam é que no país da ilusões e das oportunidades existem mais de quarenta milhões que não conseguiram realizar as suas ilusões, nem agarrar as oportunidades.

    Esta comunicação social esquece-se de informar a repressão que é feita nos EUA sobre os milhares de ilegais que vindos do México, tentam atravessar a fronteira, Mexicanos que são espancados e mortos. Pois é, mas do México não falam, é um dos principais aliados dos EUA.

    O que se esquecem é que todos os dias, pessoas vão para Cuba para usufruírem do sistema de saúde cubano, pois os seus países de origem não têm capacidade, nem sistemas de saúde que cumpram uma função tão básica.
    Mas é num pais que tem as limitações que tem, grande parte graças ao bloqueio que lhe é imposto, que estas pessoas têm a oportunidade e confiam para serem tratadas.

    Sendo Cuba um país pobre, a comunicação social esquece-se que em apenas 48 anos Cuba passou do pais mais pobre da América latina para o mais rico.

    Aconselho a verem estes três vídeos

    Eleições em Cuba
    A fuga
    Homossexuais e Transexuais

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    2007/10/06

    É preciso mudar as prioridades, é preciso ser humano

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